Eu fiz diário por muitos anos. Meu primeiro diário foi em
1987. Eu tinha 12 anos. Hoje aos 38, relendo o dito cujo, acho graça e me
estarreço com as bobagens que as crianças e adolescentes pensam e fazem e com
os absurdos erros de português que eu cometia... Mas também tem coisas legais que aprendemos de nós mesmos, fazendo diário. É muito interessante
relembrar nossos pensamentos de anos atrás e descobrir coisas que já havíamos
esquecido. Por exemplo, eu descobri que li o romance “A Carícia do Vento” da
Janet Dailey aos 12 anos de idade. Gente esse livro não é pra essa faixa
etária! Onde eu estava com a cabeça? Ou melhor onde estavam com a cabeça que me
deixaram ler esse livro (risos).
Mas uma coisa que descobri também foi que li O Diário de
Anne Frank aos 14 anos, em 1989 e achei bem interessante minhas impressões do
livro, que venho aqui dividir com vocês. Os comentário dentro dos parênteses em
itálico são meus atuais! Não reparem, eu escrevi isso há 24 anos e vou colocar
exatamente como escrevi: ATENÇÃO! SPOILERS! ATENÇÃO! SPOILERS! ATENÇÃO!
SPOILERS!
“...Achei um assunto interessante, é um livro que terminei
de ler, seu nome é O diário de Anne Frank. Falava sobre a vida de uma garota de
13 anos que sofre os horrores da guerra. Sua família e uma outra, escondem-se
para não serem apanhados pelos alemães, por serem judeus. Só ela, pode dizer a
horrível sensação, de viver escondida com medo de tudo, sem poder sair e ver o
sol brilhar e a brisa brincar com a gente. Durante todo o tempo, que ali se isolara,
desabafava suas angústias, em um pequeno diário a quem deu o nome de Kitty.
Não se dava bem com os pais, apesar de os amar. Comparando
minha vida com a dela, posso dizer que felicidade é o que não me falta. Tenho
tudo pra ser feliz! No final da história, o único sobrevivente é o pai de Anne.
Anne e sua irmã Margot, morrem de tifo no Campo de Concentração de Bergen
Belsen (ou coisa parecida), algum tempo antes do término da guerra. É tão
triste! Era uma garota forte, inteligente, estudiosa que anseiava (ai, essa doeu! NT) por um amigo(a) com
quem desabafar suas mágoas...
...’Política’. Outro assunto mencionado no livro. Detesto
essa palavra!! Não entendo porque Hitler, ‘o nazista’, odiava tanto os judeus,
o que fizeram? Hitler que me desculpe, mas eu não gosto dele (essa eu morri de
rir, até parece que Hitler se interessaria pela minha opinião por ele – risos).
Como teve sangue frio para matar e dilacerar (nossa! Eu já usava essa palavra!)
tantas famílias judias. Que isso nunca mais volte a acontecer.”
Bom, essas foram as impressões de uma adolescente de 14 anos
sobre esse livro.
Para quem quer ler mais resenhas (mil vezes melhor que a minha
as 14 anos – risos) recomendo:
Muito legal, também li O Diário de Anne Frank. Este livro é interessante porque é um registro da vida de pessoas que eram as maiores vitimas da guerra e do Nazismo no momento em que ela estava acontecendo e por mostrar do ponto de vista de uma adolescente. Quantos jovens de hoje nem se quer conhecem este livro e nem se interessariam em lê-lo. É importante estimular a leitura entre os jovens, mas é imprescindível que leiam também os clássicos da literatura.
ResponderExcluirRubem
Obrigado pelo cometário Rubem. Sim é um livro excelente para ensinar aos jovens um pouco de humildade e solidariedade para com os outros. Também é uma excelente aula de história que espero que sirva aos que leram para não repetirem erros do passado. Quanto aos clássicos, acho que os jovens tem que ler primeiro as adaptações que são mais acessíveis ao linguajar deles e a fase do momento como um incentivo para degustar os grandes clássicos em suas versões integrais. Beijos.
ExcluirAdorei! Genial a ideia de compartilhar o seu registro histórico acerca deste livro. Beijos maninha!
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