terça-feira, 27 de agosto de 2013

Madame Bovary - Gustave Flaubert


Sinopse: Considerado por muitos críticos e estudiosos como a maior realização do romance ocidental, "Madame Bovary" trata da desesperança e do desespero de uma mulher que, sonhadora, se vê presa em um casamento insípido, com um marido de personalidade fraca, em uma cidade do interior. Publicado originalmente em capítulos de jornal, em 1856, o romance mostra o crescente declínio da vida - interna e externa - de Emma Bovary, que figura na literatura ocidental no mesmo degrau que Dom Quixote, o personagem de Cervantes. Ambos não se conformam com a realidade em que vivem e tanto o cavaleiro da triste figura quanto a desolada dona-de-casa oscilam entre o status de herói e de anti-herói.

Madame Bovary é sem dúvida a obra-prima de Gustave Flaubert (1821-1880), escritor francês que como nenhum outro na literatura ocidental levou o estilo à perfeição, reescrevendo inúmeras vezes o texto e procurando, como um artesão, o melhor encaixe das palavras. Flaubert identificou-se de tal forma com a sua protagonista que declarou: "Madame Bovary, c'est moi" (Madame Bovary é eu). Na sua maior obra, o escritor atingiu um grau de penetração dentro da mente da personagem principal como nunca ocorrera até então e abriu caminho para as aventuras psicológicas dos modernistas como Virginia Woolf, Marcel Proust, Clarice Lispector e James Joyce. Não por coincidência, Proust considerava Flaubert como um escritor de ruptura, por ter dado sentido e substância ao romance de análise psicológica.


Comentário: Charles um médico provinciano sem ambições conhece e se casa com uma jovem romântica e cheia de fantasias, que após o casamento descobre que a realidade não é como nos livros românticos que leu. Ao invés de enfrentar a situação tentando incutir alguma ambição no marido e mostrando o que esperava da vida, resolve calar-se e acaba usando da traição para remediar suas frustrações! No final da história só ela , o marido e a filha são punidas, enquanto os amantes vivem suas vidas como se nada tivesse acontecido. A sociedade é muito hipócrita!

Eu tinha feito uma primeira leitura em 1993, mas não lembrava quase nada da história. Essa é a vantagem do esquecimento, você acaba por se surpreender novamente com a história. Não concordo com as traições de Emma, que nem foram tantas assim (apenas duas) e em ambas não foi em busca de prazer apenas, mas sim do amor romântico com que tanto sonhou, porém a cabeça de vento poderia ter resolvido as coisas de outra maneira. Ela meteu os pés pelas mãos e até teve um fim merecido. Contudo achei extremamente injusto, pois só ela teve punição e os canalhas que mesmo sabendo que ela era casada a seduziram? Isso me deixou indignada! Se é para ter uma lição de moral no final, então todo mundo tem que ser punido. O final é uma tragédia, afinal que acaba por ser punido também, são os inocentes marido e filha da personagem. Entendo que a época era bem machista, mas não me conformo de Leon e Rudolf saírem ilesos dessa história.

Outras resenhas:
aViViu

O Autor: Gustave Flaubert, nasceu em dezembro de 1821 e morreu em maio de 1880. Foi um grande escritor francês, com senso de realildade, que sabia analisar psicologicamente o comportamento social. Foi o segundo de seis filhos. Cursou Direito por desejo do pai.

Em 1851 começou a escrever “Madame Bovary”, terminado somente em 1857, tornou-se sua grande obra literária. A obra causou um escândalo na sociedade europeia da época, em função da forma realista que abordou temas como adultério e suicídio.

Principais obras:

Romances

- Novembro - 1842

- Madame Bovary – 1857

- Salambô – 1862

- Educação sentimental – 1869

- As tentações de Santo Antão – 1874

Contos

- Três contos – 1877

Não Ficção

- Dicionário das Ideias feitas – 1911 (obra póstuma)

Teatro

- O Castelo de corações - 1880

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Grandes Livros