sexta-feira, 12 de abril de 2013

Palavras Difíceis...


Assistindo ao vídeo do Luis do Canal Ler ou não Ler, sobre o livro a Ilha do Tesouro ele citou a dificuldade que encontrou com algumas palavras do texto escrito em "mil e oitocentos e guaraná com rolha".

Isso me fez lembrar meu tempo de colégio, quando tive que ler o livro O Alienista, de Machado de Assis, na quinta ou sexta série (não lembro, eu tinha uns 12 ou 13 anos) para fazer um resumo para a aula de Português.

Lembro que tive muita dificuldade de entender o livro por conta do meu escasso vocabulário e tive que ler o coitado umas três vezes para conseguir entender do que se tratava. Ainda bem que ele é fino. foi um sufoco, mas eu consegui. Penso até em relê-lo novamente para ver como me sinto em relação a ele hoje em dia.

Bem, então fiz esse post para perguntar pra vocês que me lêem. Se é que alguém aí me lê. Qual foi o livro mais difícil de entender que você já leram ou que tinha mais palavras desconhecidas do seu vocabulário? Conta pra mim aqui nos comentários ou como um vídeo resposta ao meu. Vou adorar ouvir sua história.

Primeiro acampamento...

Resolvi remexer nos meus antigos diários, pois sabe como é, com a idade a gente vai esquecendo muita coisa e já não lembrava como fui para no mundo da montanha. Nessa pesquisa pelo passado, descobri que meu primeira acampamento na vida foi no final do ano de 1992, aos 17 anos. Ou seja minha vida de montanhista começou a exatos 21 anos. Ui, o tempo passa. Segue meu singelo relato da aventura pela trilha do Itupava em direção ao Marumbi, na Serra do Mar no Paraná.

04 de janeiro de 1993 - Segunda-feira

Querido diário:


Ponte onde quase fomos
atropelados pelo trem.
"Nesse final de ano fiz meu primeiro acampamento com o sergio (Macaco), o Eduardo, o Jeferson e o Ederval (Zeguedé).

Saimos na sexta-feira, pegamos o ônibus Borda do Campo de 15:20h e descemos no pé do Inhangava (na verdade é Anhangava, mas eu não sabia escrever na época). Pegamos uma trilha hiperpenosa (não quis dizer que era cheia de penas, não, tá? Na verdade nem sei se essa palavra existe. Enfim...) pra quem nunca acampou, cheia de subidas íngremes e vários trechos cobertos de lama.
Eu na ponte de ferro no Moinho.
Andamos umas três horas até chegar no Ipiranga. O lugar é lindo! No término da narração eu faço um  mapa de onde acampamos. Perto dali, seguindo pelos trilhos, há um lugar que eles denominam de "moinho" que é demais! Tem uma cachoeira deslumbrante! Passamos a noite lá.



Moinho do Ipiranga.
No outro dia aproveitamos para curtir o lugar, pois o Zeguedé teve que voltar até a casa dele pra buscar as varetas da barraca que ele havia esquecido. Nesse intervalo que ficamos acampados resolvemos ir até a ponte onde o trem passa. O Eduardo atravessou e ficou olhando do outro lado. Eu estava indecisa de passar por medo (é bem alto), porém resolvi passar com o auxílio do Sergio.


Zeguedé, Cintia, Jeferson e Sergio.
Quando estávamos no meio da ponte, ouvimos o Eduardo gritar que o trem estava vindo. Quando olhamos o trem já havia feito a curva e já entrava na ponte, foi um sufoco! Mal tivemos tempo de virar, voltar correndo e sair da ponte pulando no barranco, o trem passou zunindo rente ao corrimão da ponte. Que susto!

Estação N. S. de Cadeado.
Depois que o Zeguedé voltou levantamos acampamento e seguimos pelos trilhos. Ao invés de seguirmos pela trilha da represa resolvemos cortar caminho e continuarmos pelos trilhos. Foi quase uma aventura, passamos por inúmeras pontes e túneis e vislumbramos lugares maravilhosos como o Véu da Noiva (uma cachoeira).

Trilhos e túneis.
Fomos parar na estação de Cadeado. De lá pegamos uma trilha mais difícil até uma clareira denominada "Cemintério". Íamos acampar lá, mas resolvemos continuar até a estrada de Porto de Cima. Viramos a direita e andamos até a estação de Engenheiro Langue (parecia que aquela estrada não tinha fim), chegando exaustos. Íamos acampar ali e na manhã seguinte seguir até o Marumbi e subí-lo, porém devido ao estado da turma decidimos pegar o trem que ia passar e voltar pra casa. 

Fizemos um lanche na estação e o continuamos no trem. A viagem foi tranquila e demorada. Chegamos em casa tarde da noite. Meus ombros e costas doíam, estávamos suados e sujos da caminhada, mas valeu a pena!" Não foi dessa vez que conheci o Marumbi!


Desenho em esquema do lugar do acampamento.