sexta-feira, 29 de março de 2013

O diário de Anne Frank...


Eu fiz diário por muitos anos. Meu primeiro diário foi em 1987. Eu tinha 12 anos. Hoje aos 38, relendo o dito cujo, acho graça e me estarreço com as bobagens que as crianças e adolescentes pensam e fazem e com os absurdos erros de português que eu cometia... Mas também tem coisas legais que aprendemos de nós mesmos, fazendo diário. É muito interessante relembrar nossos pensamentos de anos atrás e descobrir coisas que já havíamos esquecido. Por exemplo, eu descobri que li o romance “A Carícia do Vento” da Janet Dailey aos 12 anos de idade. Gente esse livro não é pra essa faixa etária! Onde eu estava com a cabeça? Ou melhor onde estavam com a cabeça que me deixaram ler esse livro (risos).

Mas uma coisa que descobri também foi que li O Diário de Anne Frank aos 14 anos, em 1989 e achei bem interessante minhas impressões do livro, que venho aqui dividir com vocês. Os comentário dentro dos parênteses em itálico são meus atuais! Não reparem, eu escrevi isso há 24 anos e vou colocar exatamente como escrevi: ATENÇÃO! SPOILERS! ATENÇÃO! SPOILERS! ATENÇÃO! SPOILERS!

“...Achei um assunto interessante, é um livro que terminei de ler, seu nome é O diário de Anne Frank. Falava sobre a vida de uma garota de 13 anos que sofre os horrores da guerra. Sua família e uma outra, escondem-se para não serem apanhados pelos alemães, por serem judeus. Só ela, pode dizer a horrível sensação, de viver escondida com medo de tudo, sem poder sair e ver o sol brilhar e a brisa brincar com a gente. Durante todo o tempo, que ali se isolara, desabafava suas angústias, em um pequeno diário a quem deu o nome de Kitty.

Não se dava bem com os pais, apesar de os amar. Comparando minha vida com a dela, posso dizer que felicidade é o que não me falta. Tenho tudo pra ser feliz! No final da história, o único sobrevivente é o pai de Anne. Anne e sua irmã Margot, morrem de tifo no Campo de Concentração de Bergen Belsen (ou coisa parecida), algum tempo antes do término da guerra. É tão triste! Era uma garota forte, inteligente, estudiosa que anseiava (ai, essa doeu! NT) por um amigo(a) com quem desabafar suas mágoas...

...’Política’. Outro assunto mencionado no livro. Detesto essa palavra!! Não entendo porque Hitler, ‘o nazista’, odiava tanto os judeus, o que fizeram? Hitler que me desculpe, mas eu não gosto dele (essa eu morri de rir, até parece que Hitler se interessaria pela minha opinião por ele – risos). Como teve sangue frio para matar e dilacerar (nossa! Eu já usava essa palavra!) tantas famílias judias. Que isso nunca mais volte a acontecer.”

Bom, essas foram as impressões de uma adolescente de 14 anos sobre esse livro.

Para quem quer ler mais resenhas (mil vezes melhor que a minha as 14 anos – risos) recomendo:

3 comentários:

  1. Muito legal, também li O Diário de Anne Frank. Este livro é interessante porque é um registro da vida de pessoas que eram as maiores vitimas da guerra e do Nazismo no momento em que ela estava acontecendo e por mostrar do ponto de vista de uma adolescente. Quantos jovens de hoje nem se quer conhecem este livro e nem se interessariam em lê-lo. É importante estimular a leitura entre os jovens, mas é imprescindível que leiam também os clássicos da literatura.
    Rubem

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigado pelo cometário Rubem. Sim é um livro excelente para ensinar aos jovens um pouco de humildade e solidariedade para com os outros. Também é uma excelente aula de história que espero que sirva aos que leram para não repetirem erros do passado. Quanto aos clássicos, acho que os jovens tem que ler primeiro as adaptações que são mais acessíveis ao linguajar deles e a fase do momento como um incentivo para degustar os grandes clássicos em suas versões integrais. Beijos.

      Excluir
  2. Adorei! Genial a ideia de compartilhar o seu registro histórico acerca deste livro. Beijos maninha!

    ResponderExcluir