terça-feira, 7 de maio de 2013

Guia de Escaladas Serra do Cipó, Lapinha e Rod


A Serra do Cipó é uma região de escaladas esportivas muito famosa entre os escaladores brasileiros. Lá se pode encontrar vias esportivas de até décimo grau em uma pedra calcária fabulosa. Fica a mais ou menos 100km de Belo Horizonte, na entrada do Parque Nacional da Serra do Cipó, criado em setembro de 1984. 

As 90 vias constantes desse pequeno guia são rotas selecionadas dos setores 1 e 3 do Morro da Pedreira, graduadas entre segundo e décimo grau. Pode ser encontrado mais informações sobre os outros setores e vias no site: Tonico Magalhães

Mas esse mini guia não trás apenas escaladas do Cipó, tem também a Lapinha e o Rod. 

A Lapinha fica em Lagoa Santa, MG, perto da gruta que leva esse nome e foram selecionadas 74 vias de escalada nessa área, entre quarto e nono grau de dificuldade.

Já o Rod fica 1km  antes da Lapinha, numa propriedade particular chamada "Sítio do Rod", ao lado de um antigo cemitério. São 40 rotas selecionadas, curtas e variando em graduação entre quarto e nono grau.

Em todos os capítulos são oferecidos um esquema de localização do lugar, como chegar, desenhos e fotos com traçados das vias e uma lista com o nome das vias, grau, nome dos conquistadores e breve informação sobre cada uma, como por exemplo, extensão, equipamento utilizado, etc. As maiores vias possuem entre 45 e 50 metros.

É um excelente lugar para conhecer o tipo de escalada em calcário, macio e com muita agarra em ângulos normalmente negativos. 

E quem não é escalador, mas que acompanhar a viagem, a Serra do Cipó é um parque com numerosas trilhas e exuberantes cachoeiras e na Lapinha há áreas de interesse arqueológico. Uma excelente diversão para todos.

Boas escaladas e caminhadas!

Clique abaixo para ver fotos do lugar: 

Mais informações e onde comprar: Companhia da Escalada

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Tag: 3 livros que você daria pra sua mãe...


Estava pensando... esse mês é o das mães (maio) e o que eu poderia dar para minha mãe de presente. 

Bom, ela não curte escalar de jeito nenhum, só me resta dar um livro de presente. Contudo, acho que ela não gosta de ler. Pelo menos nunca vi ela ler nenhum livro na vida... Então criei a Tag, quais os três livros que você daria para sua mãe.

Eu começaria com um clássico adaptado, porque ela não é criança, mas não temo hábito de ler, então poderia ler algo legal, sem ser aquela linguagem peculiar dos clássicos. 




Depois, como ela gosta de crianças eu daria pra ela o Quando eu voltar a ser
criança, onde um adulto deseja voltar a ser criança e tem seu desejo atendido, só que continua com a mente de gente grande. Isso poderia ajudar a entender a mente das crianças as quais ela gosta tanto. 





E finalmente, para fazê-la rir bastante, eu daria o livro Cotoco, um diário perversamente engraçado de um garoto de 13 anos.



Pronto, criada a Tag, quais livros daria pra sua mãe? Porque?

quarta-feira, 1 de maio de 2013

O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas...




Esse é o segundo livro da Coleção Clássicos da Literatura Juvenil e o décimo quarto de O Prazer da Leitura.

Essa é a história de Edmond Dantès, marinheiro do Pharaon, que na véspera de se tornar capitão do navio, e durante sua festa de noivado é preso injustamente como conspirador bonapartista. Depois de 14 anos de prisão ele consegue fugir e descobre o plano engendrado para mandá-lo para a prisão e roubar-lhe a mulher amada.

O enredo se desenrola na França do começo de 1800, época da queda do rei, ascensão e queda de Napoleão e restituição do trono francês ao rei Luis XVIII. A trama circula entre os principais personagens Dantès o marinheiro injustiçado que ressurge como Conde de Monte Cristo para se vingar de seus inimigos, Danglars o guarda-livros invejoso, Fernand o traiçoeiro rival de Edmond Dantès, Mercedes a Amanda de Dantès que se casa com Fernand, Morrel o dono do navio em que Edmond trabalha e Villefort o procurador do rei cujo o pai era bonapartista e que tinha que esconder a verdade, por isso manteve o pobre Edmond preso.

Além do fundo histórico, onde o rei Luis persegue todos o bonapartistas, e serve como motivo de prisão de Dantès, o romance é recheado de temas como injustiça, vingança, traição, amor, ódio, morte, perdão, sabedoria, fortuna, desgraça e redenção. Ingredientes que fazem desse livro de Dumas uma obra de grande sucesso.

Eu consegui participar junto com Dantès e sentir toda a injustiça cometida, a angústia de estar preso sem saber porque ou sem previsão de saída, e dor da descoberta das traições engendradas. Mesmo achando que os inimigos do narrador mereciam a punição, pude sentir também o vazio que toma conta da gente depois de uma vingança bem sucedida. A vingança é um prato que se come frio, mas as vezes perde um pouco o sabor. Como Dantès, fiquei na dúvida se a vingança excedeu demais o propósito.

Aos que acham que bestseller não podem virar clássicos, fica um exemplo. O livro foi publicado em formato de folhetim semanal entre 1844 e 1846 e devido a grande acolhida ainda em 1946 foi publicado em livro e traduzido para o inglês, coisa rara para época. Logo que foi lançado tornou-se o mais vendido e discutido da literatura francesa.



O autor
Seu nome de batismo era Dumas Davy de la Pailleterie. Nasceu em julho de 1802 na França, teve uma infância difícil depois da morte do pai e aos 21 anos foi trabalhar como copista do Duque de Orleans (futuro rei Luis Felipe) em Paris. Seu primeiro sucesso foi no teatro aos 27 anos com a peça Henrique III. Porém seu verdadeiro reconhecimento veio aos 41 ano quando escreveu os romances “Os Três Mosqueteiros” e “O Conde de Monte Cristo”. Ganhou muito dinheiro, mas gastava com a mesma velocidade. Era um grande mulherengo e teve 3 filhos desses relacionamentos, um deles o escritor Alexandre Dumas Filho. Morreu de enfarte aos 68 anos em Puys, na França. Hoje descansa no Panteão Francês, mausoléu onde estão enterrados grandes escritores franceses.

Obras principais:
Les Trois Mousquetaires (Os Três Mosqueteiros)
La Tulipe Noire (A Tulipa Negra)
Vingt Ans Après (Vinte Anos Depois)
La Reine Margot (A Rainha Margo)
Le Comte de Monte Christ (O Conde de Monte Cristo)
Comtesse de Charny (A Condessa de Charny)
Les Frères Corses (Os Irmãos Corso)

Mais resenhas: (não achei vídeos sobre):

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Abertura da Temporada de Montanha 2013



Nos dias 27 e 28 de abril (sábado e domingo) acontece o tradicional evento que abre a temporada de montanha, a melhor época para escalar e caminhar nas alturas.

Se você não escala, nem sobe montanhas, venha conhecer o evento que se realizará na praça General Tibúrcio, na Urca, em frente a estação do teleférico do Pão de Açúcar. Quem sabe você não se empolga e vira outra lagartixa das paredes!?

E se você já é montanhista, não deixe de vir rever os amigos e relembrar as muitas histórias vividas na montanha.




A programação abre com os workshops de escalada e você pode se inscrever para treinar autorresgate, ancoragens, técnicas de guiada, ascensão por corda fixa e se nunca escalou, aproveita a chance no workshop de batismo de escalada.

Durante o dia todo estarão montadas barracas de lojas de montanha, clubes de montanha, stands de livros e exposições. No final do dia de sábado acontecerá uma palestra com Raphael Nishimura sobre "Escalando os Desafios da Vida". Em seguida outra palestra com Sergio Tartari e Flavio Daflon (da Companhia da Escalada - e meu marido! Que fofo!) sobre a conquista da via Samba do Leão, no Fit Roy, na Patagônia Argentina, juntamente com o argentino Luciano Fiorenza. E as 20h tem o Cine Montanha na Praça com os filmes "Montanhistas, Episódio Conquista no Irmão Maior", do Canal Off, "Verticalmente Démodé", de Davide Carrari e Maurizio ‘Manolo’ Zanolla e "Beyond the Summits" (‘Além dos Cumes’), de Rémy Tezier.

No domingo tem o Festival da Montanha, com stand cultural, demonstração de Resgate pelo Corpo de Bombeiros Militares, lançamento da quinta edição do livro Guia de Escaladas da Urca, dos escaladores Flavio Daflon e Delson de Queiroz. Durante o dia todo vai rolar o campeonato "Desafio 5.10 ATM Boulder".

Na parte da tarde tem as oficinas de segurança, com Hans Rauschmayer sobre vias ferratas e com Flavio Daflon sobre técnicas de segurança.

No final do dia haverá o sorteio e encerramento. Sorteio? Que sorteio é esse Cintia? Então, para concorrer ao sorteio basta levar 1kg de alimento não perecível e entregar na tenda responsável. Esses alimentos depois serão doados para família necessitadas e instituições de caridade.

Mais informações sobre o evento, consulte o site da Federação: FEMERJ.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Tag: Livros e Blablabla...

Assistindo o Canal da Tatiana Feltrin e da Patricia da Vivo Leitura, vi uma Tag bem legal e resolvi fazer também. A sugestão foi do Gabriel para a Tatiana. Essa tag consiste em 10 perguntinhas:


1. Você já leu algum livro que mudou sua maneira de ver o mundo?

2. Você gostaria que seus diários (ou suas memórias - para quem nunca escreveu um diário) fossem transcritos em um livro e publicados?

3. Qual é o seu maior medo no universo literário? 

4. Qual livro você leu e gostaria de ler novamente? 

5. Você considera algum livro da sua coleção como um troféu? (Foi difícil de conseguir ou foi uma conquista, um presente de alguém muito querido... etc.). 

6. De qual festa ou comemoração que aconteceu nos livros que leu gostaria de ter participado? 

7. Você já sofreu algum tipo de bullying literário por causa de alguma obra que você gosta? 

8. Você já participou ou conhece algum grupo de leitura? 

9. Se você tivesse que dividir sua alma em 7 livros, quais seriam? 

10. Se você tivesse o poder, qual personagem de qual livro mudaria, ressuscitaria ou faria desaparecer?

Quer saber as minhas respostas? Veja o vídeo abaixo! E faça você também, é bem legal!




Mais Tag "Livros e Blablablá:









sexta-feira, 12 de abril de 2013

Palavras Difíceis...


Assistindo ao vídeo do Luis do Canal Ler ou não Ler, sobre o livro a Ilha do Tesouro ele citou a dificuldade que encontrou com algumas palavras do texto escrito em "mil e oitocentos e guaraná com rolha".

Isso me fez lembrar meu tempo de colégio, quando tive que ler o livro O Alienista, de Machado de Assis, na quinta ou sexta série (não lembro, eu tinha uns 12 ou 13 anos) para fazer um resumo para a aula de Português.

Lembro que tive muita dificuldade de entender o livro por conta do meu escasso vocabulário e tive que ler o coitado umas três vezes para conseguir entender do que se tratava. Ainda bem que ele é fino. foi um sufoco, mas eu consegui. Penso até em relê-lo novamente para ver como me sinto em relação a ele hoje em dia.

Bem, então fiz esse post para perguntar pra vocês que me lêem. Se é que alguém aí me lê. Qual foi o livro mais difícil de entender que você já leram ou que tinha mais palavras desconhecidas do seu vocabulário? Conta pra mim aqui nos comentários ou como um vídeo resposta ao meu. Vou adorar ouvir sua história.

Primeiro acampamento...

Resolvi remexer nos meus antigos diários, pois sabe como é, com a idade a gente vai esquecendo muita coisa e já não lembrava como fui para no mundo da montanha. Nessa pesquisa pelo passado, descobri que meu primeira acampamento na vida foi no final do ano de 1992, aos 17 anos. Ou seja minha vida de montanhista começou a exatos 21 anos. Ui, o tempo passa. Segue meu singelo relato da aventura pela trilha do Itupava em direção ao Marumbi, na Serra do Mar no Paraná.

04 de janeiro de 1993 - Segunda-feira

Querido diário:


Ponte onde quase fomos
atropelados pelo trem.
"Nesse final de ano fiz meu primeiro acampamento com o sergio (Macaco), o Eduardo, o Jeferson e o Ederval (Zeguedé).

Saimos na sexta-feira, pegamos o ônibus Borda do Campo de 15:20h e descemos no pé do Inhangava (na verdade é Anhangava, mas eu não sabia escrever na época). Pegamos uma trilha hiperpenosa (não quis dizer que era cheia de penas, não, tá? Na verdade nem sei se essa palavra existe. Enfim...) pra quem nunca acampou, cheia de subidas íngremes e vários trechos cobertos de lama.
Eu na ponte de ferro no Moinho.
Andamos umas três horas até chegar no Ipiranga. O lugar é lindo! No término da narração eu faço um  mapa de onde acampamos. Perto dali, seguindo pelos trilhos, há um lugar que eles denominam de "moinho" que é demais! Tem uma cachoeira deslumbrante! Passamos a noite lá.



Moinho do Ipiranga.
No outro dia aproveitamos para curtir o lugar, pois o Zeguedé teve que voltar até a casa dele pra buscar as varetas da barraca que ele havia esquecido. Nesse intervalo que ficamos acampados resolvemos ir até a ponte onde o trem passa. O Eduardo atravessou e ficou olhando do outro lado. Eu estava indecisa de passar por medo (é bem alto), porém resolvi passar com o auxílio do Sergio.


Zeguedé, Cintia, Jeferson e Sergio.
Quando estávamos no meio da ponte, ouvimos o Eduardo gritar que o trem estava vindo. Quando olhamos o trem já havia feito a curva e já entrava na ponte, foi um sufoco! Mal tivemos tempo de virar, voltar correndo e sair da ponte pulando no barranco, o trem passou zunindo rente ao corrimão da ponte. Que susto!

Estação N. S. de Cadeado.
Depois que o Zeguedé voltou levantamos acampamento e seguimos pelos trilhos. Ao invés de seguirmos pela trilha da represa resolvemos cortar caminho e continuarmos pelos trilhos. Foi quase uma aventura, passamos por inúmeras pontes e túneis e vislumbramos lugares maravilhosos como o Véu da Noiva (uma cachoeira).

Trilhos e túneis.
Fomos parar na estação de Cadeado. De lá pegamos uma trilha mais difícil até uma clareira denominada "Cemintério". Íamos acampar lá, mas resolvemos continuar até a estrada de Porto de Cima. Viramos a direita e andamos até a estação de Engenheiro Langue (parecia que aquela estrada não tinha fim), chegando exaustos. Íamos acampar ali e na manhã seguinte seguir até o Marumbi e subí-lo, porém devido ao estado da turma decidimos pegar o trem que ia passar e voltar pra casa. 

Fizemos um lanche na estação e o continuamos no trem. A viagem foi tranquila e demorada. Chegamos em casa tarde da noite. Meus ombros e costas doíam, estávamos suados e sujos da caminhada, mas valeu a pena!" Não foi dessa vez que conheci o Marumbi!


Desenho em esquema do lugar do acampamento.